Após 11 dias de greve, categoria aceita proposta de 5% de reajuste salarial oferecido pela prefeitura
Os cerca de 4.900 professores da rede municipal de ensino retornam hoje às salas de aula, após 11 dias de paralisação. O fim da greve foi decidido, ontem à tarde, durante assembléia realizada no teatro do Colégio Iceia, no Barbalho. Com votação apertada, pouco mais da metade dos professores presentes no teatro decidiu acatar a proposta de reajuste de 5% oferecido pela prefeitura, que será pago retroativo ao mês de maio. Além do reajuste, os professores terão 20% de aumento sobre o valor do tíquete-refeição.
O anúncio da suspensão do movimento grevista, no entanto, trouxe insatisfação para alguns professores que reivindicavam mais resistência do movimento, a exemplo dos profissionais da rede estadual de ensino, que já estão há mais de 30 dias em paralisação. “A greve deveria continuar. O movimento se mostrou fraco acatando a proposta da prefeitura. Se a gente continuasse pressionando, eles acabavam cedendo”, acredita a professora Rita de Cássia Alves, 42 anos.
A categoria, que pleiteava reajuste de 8,57%, considerou o saldo do movimento grevista positivo, se comparado com a “postura intransigente” do governador Jaques Wagner. Além de encerrar as negociações oferecendo apenas 4.45% de reajuste, o governo baiano entrou com ação judicial contra o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato).
De Correio da Bahia
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