sexta-feira, 22 de junho de 2007

Governo ameaça cortar ponto dos professores caso não retornem às salas de aula na segunda - feira

O governo do estado deu prazo final para os professores, até segunda-feira, para retornarem às salas de aula, sob ameaça de corte dos salários. Segundo o secretário da Administração do estado, Manoel Vitório Filho, a decisão está respaldada pela Justiça, que considerou a greve ilegal. O corte só será suspenso caso os professores decidam encerrar a paralisação, que completa hoje 46 dias, e apresentem um calendário de reposição de aulas. O secretário de Relações Institucionais do estado, Rui Costa, não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto. No entanto, a sua assessoria de imprensa confirmou a informação.

De acordo com ela, os cortes serão feitos de forma discriminada, sendo levados em consideração os dias de aulas faltados pelos professores. Em nota divulgada no site da Assessoria Geral Social do Estado da Bahia (Agecom), o governo confirma o corte. Para os não grevistas, no entanto, a nota assegura que “vai publicar uma folha de pagamento adicional, no início de julho, para corrigir qualquer desconto que por algum equívoco venha a ser cometido no salário de professores que não estão em greve”. Na nota, o governo ressalta ainda que não descontou o salário do mês de maio, mesmo com a greve em curso durante 25 dias.

Enquanto se estende o impasse com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-sindicato), o governo busca alternativa de diálogo com os dirigentes das escolas. Hoje, eles participarão de uma reunião, em caráter emergencial, como o governador Jaques Wagner, para tentar uma solução para a greve. O encontro será realizado na Fundação Luís Eduardo Magalhães, às 10h. Uma outra tentativa de resolver o impasse vem do Ministério Público do Estado. A promotora de Justiça e de Educação, Márcia Virgens, vai convocar representantes do governo e da APLB para uma reunião na sede do órgão, na próxima semana.

De Correio da Bahia
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