domingo, 3 de junho de 2007

Explosão em obras do metrô causa pânico nos Barris

Vidraças arrancadas de esquadrias, portas destruídas, paredes rachadas, estilhaços de vidros espalhados pela calçada e por quartos, um cenário de destruição, além do susto e a sensação de insegurança dos moradores da vizinhança. Na Rua Alegria dos Barris, atrás da antiga sede da Secretaria de Segurança Pública, na Piedade, o final da manhã de ontem foi de aflição e angústia depois de uma explosão programada para abrir um buraco de ventilação do metrô. Os responsáveis pela obra não chegaram a um consenso se houve falha na detonação e prometeram ressarcir os danos materiais.

Pouco depois das 11h, quando a sirene da obra anunciou que a área deveria ser evacuada para a detonação, a vizinhança foi surpreendida com o que chamaram de “pior explosão desde o início das escavações”. Um vergalhão foi arremessado por quase 50 metros até atingir o pára-brisa do Palio de placa JPM 4293. Horas depois do acidente, ainda havia vestígios do impacto da barra de ferro no veículo.

Em seguida, várias vidraças foram totalmente destruídas. Na casa de número 173, atualmente usada por um escritório de advocacia, e que não tinha nenhum ocupante, duas janelas e uma porta de vidro foram abaixo. No imóvel em frente, onde diversas casas germinadas foram afetadas, as marcas da destruição eram mais evidentes. Vidros espalhados pelos cômodos e na varanda eram as evidências físicas do impacto. Os relatos ainda assustados mostravam as evidências verbais. “Um quadro voou de um lado para se espatifar no outro canto do meu quarto”, descreveu a estudante Priscila Brito, 22 anos, há 15 morando na mesma residência. Na casa dela, uma vidraça no quarto do segundo andar foi arrancada da esquadria e pelo menos quatro paredes ficaram seriamente afetadas por rachaduras.

Uma sensação de pânico generalizado dominou as aulas na Faculdade Visconde de Cayru, cuja portaria fica a cerca de 200 metros de onde o poço está sendo escavado. A vibração nos prédios destruiu janelas e uma parte do teto, gerando tumulto. Quatro ambulâncias foram acionadas para o local para atender estudantes que passaram mal, principalmente mulheres grávidas e algumas idosas que estavam na instituição. “Quase um pedaço de vidro fere seriamente uma colega nossa”, informou a aluna do curso de ciências contábeis, Mary Brito.

Para o engenheiro Fernando Vilar, diretor da Companhia de Transportes de Salvador (CTS), situações semelhantes podem ocorrer em obras desse porte, sem caracterização de acidente. “Não teve maiores conseqüências. Alguns vidros foram quebrados, o que é totalmente aceitável por causa do deslocamento de ar”, minimizou. “Imagino que as pessoas ficam muito assustadas com qualquer impacto, mas nunca tivemos nenhum desabamento e tudo é feito dentro das normas de segurança”, explicou.

O engenheiro, que estava em Feira de Santana e não viu o alcance dos estragos, disse que uma empresa fora contratada para trocar os vidros quebrados e que provavelmente durante a tarde todo o prejuízo material já teria sido resolvido. Só que até o início da noite de ontem as casas continuavam danificadas e a previsão recebida pelos moradores era de que os reparos só seriam feitos na segunda-feira.

De Correio da Bahia
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Não se pode dizer que situação com o esta "só se vê na Bahia", mas desculpa como esta dada pelo engenheiro diretor da Companhia de Transportes de Salvador, que não estava na cidade e não viu o que aconteceu é coisa de baiano!

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